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O Que é Comportamento Alimentar Imagem Destacada

Afinal, o que é comportamento alimentar?

Quando falamos em alimentação e saúde, é comum encontrarmos visões que reduzem o ato de comer a hábitos controlados, o que pode ser bastante problemático. Isso porque a maneira como nos alimentamos é influenciada por diversos fatores sociais, culturais e psicológicos.

A partir dessa ideia, a Nutrição tem pensado em outras abordagens, que pensam o comer para além de hábitos controláveis. Temos como exemplo o comportamento alimentar.

Neste post, explicamos o que é comportamento alimentar, assim como essa forma de enxergar a alimentação é capaz de promover uma relação mais gentil e humana com os alimentos. Para isso, entrevistamos a nutricionista Natália Rossi, que contribuiu com informações valiosas sobre o assunto que você vai poder conferir agora. Boa leitura!

O que é comportamento alimentar

De acordo com Natália, “o comportamento alimentar é uma abordagem da nutrição que enxerga o ato de comer para além de prescrições de cardápio e avaliação física. Nesse sentido, alcançar a saúde e o bem-estar envolve um processo de compreensão e compaixão, sem colocar a mudança de hábitos como um processo fácil, rápido e simples”, destaca.

Mulher almoçando feliz
O comportamento alimentar enxerga a alimentação com mais compreensão e compaixão.

Como mencionado na introdução, essa vertente leva em consideração diferentes esferas da vida de uma pessoa, para tentar compreender e avaliar a maneira como ela se alimenta. 

Complementando essa ideia com a fala da nutricionista, o comportamento alimentar, então, diferencia-se de outras abordagens porque entende que o indivíduo não é culpado por uma condição ou doença que apresenta.

Isso promove a diminuição dos estigmas e cobranças que envolvem a maneira como nos alimentamos. Afinal, o paciente, com o auxílio de um profissional capacitado, passa a observar questões como comportamento alimentar e ansiedade com um outro olhar, mais gentil e empático.

“A pessoa que busca atendimento de uma nutricionista comportamental percebeu a necessidade de auxílio e acolhimento de profissionais que tenham um leque maior a oferecer do que o ineficiente “coma menos, malhe mais”, explica Natália.

Mulher comendo salada
Há uma diferença entre hábito e comportamento alimentar, e é essa questão que novas vertentes da Nutrição analisam.

Fatores que influenciam o comportamento alimentar

Se o comportamento alimentar não pensa só na lógica das dietas restritivas e cardápios, concentrando a atenção na subjetividade, o que é que influencia a forma como cada um se alimenta?

Natália explica que vários fatores podem ter influência nesse processo, como a cultura, os aspectos familiares, a localidade, entre outros. “O excesso de informações equivocadas presentes nas mídias sobre saúde, dietas, atividade física, autocuidado e beleza também interferem negativamente na maneira como as pessoas se veem, se cuidam e se alimentam”, alerta.

Nesse sentido, a “cultura da dieta” promove frustração com a imagem corporal e certos alimentos, motivando sentimentos como culpa, medo e vergonha, que influenciam a maneira como cada um se alimenta.

Para combater esses pensamentos, Natália explica que “comer é uma função do corpo, deve ser intuitiva na maior parte do tempo e feita com alegria e consciência”.

Almoço entre amigos
Seguindo os princípios do comportamento alimentar, alimentar-se deve ser algo intuitivo e feito com alegria.

A importância da alimentação intuitiva

Se o comportamento alimentar entende que o comer é uma função do corpo e uma atividade social, é importante pensar na alimentação como algo intuitivo.

Explicando melhor a questão, a alimentação intuitiva entende que comer é uma função fisiológica, da mesma maneira que dormir e ter vontade de fazer xixi, por exemplo. Ela busca devolver ao indivíduo a função do Comer. 

Para isso, com o auxílio de um nutricionista especializado, você aprende a identificar sinais de fome e saciedade, assim como o comer emocional suas raízes.

Ou seja, com o comportamento alimentar, você é capaz de entender e respeitar as necessidades reais do seu corpo, sem precisar seguir um guia prescrito por outra pessoa. É por esse motivo que nutricionistas que seguem essa abordagem, como a Natália, não reproduzem cardápios prontos.

Como ela pontua, o papel do nutricionista nesse percurso é promover a escuta ativa e acolhimento, dando o aconselhamento nutricional de acordo com as circunstâncias de cada um. Isso também envolve entender até onde é possível chegar dentro da situação atual, mantendo sempre um olhar carinhoso e gentil, como já comentado.

Com essa abordagem, o nutricionista te ajuda a remover a culpa e a ideia de descontrole frente ao comer. E sabendo criar essa diferenciação, a pessoa tem mais autonomia e pode fazer escolhas alimentares melhores, levando em consideração todas as esferas de sua vida, como a emocional, a social e a familiar.

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